Maria
Lacerda de Moura formou-se na Escola Normal de Barbacena e trabalhou como educadora, adotando a pedagogia de Francisco Ferrer e
lecionando em Escolas Modernas. Em 1920, no Rio de Janeiro, fundou a Liga para a Emancipação
Intelectual da Mulher. Após mudar-se para São Paulo em 1921, se tornou ativa
colaboradora da imprensa operária, publicando em jornais como A Plebe e O
Combate.
Fui
muito ativa politicamente, estando vinculada a grupos anarquistas e comunistas.
Em 1923, desagradou outros anarquistas por se referir positivamente às reformas
educacionais promovidas pelos bolcheviques na URSS, mesmo após a perseguição
política que os anarquistas russos sofreram durante e após a Revolução Russa de
1917. Por muito tempo sua obra e sua contribuição para a sociedade brasileira
esteve esquecida sendo resgatada apenas recentemente, quando sua vida se tornou
alvo de vários estudos.
Escreveu
numerosos artigos e livros criticando tenazmente a moral sexual burguesa, denunciando
a opressão exercida sobre todas as mulheres, e em especial as das camadas mais
pobres. Entre os temas eleitos pela escritora, nós encontramos a educação
sexual dos jovens, a virgindade, o amor livre, o direito ao prazer sexual, o divórcio,
a maternidade consciente e a prostituição, a necessidade de se fazer um
planejamento familiar, assuntos considerados tabu naquela época. Seus artigos
foram publicados na imprensa brasileira, uruguaia, argentina e espanhola.
Maria Lacerda de Moura é considerada uma das pioneiras do
feminismo em Brasil, e certamente foi uma das poucas que observaram a condição
feminina dentro da perspectiva da luta de classes. Hoje, Maria Lacerda de Moura, é nome de uma rua no Rio de Janeiro
e de uma escola pré-escola na periferia de São Paulo, sinais de um
reconhecimento oficial da personagem que representa.
Referências
Maria
Lacerda de Moura
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